terça-feira, 12 de junho de 2012

Dia dos Namorados II

Dia dos namorados. Volto a dizer que não passa de um dia como outro qualquer, mas que, por imposição da mídia, cria-se um frenesi consumista por parte dos namorados e namoradas, e uma carência desesperada por parte de quem está sozinho. E isso é absurdo.

Dai cria-se aquela expectativa de presentes, flores e chocolates, e a distorcida ideia de que o presente é a prova de amor. Relação capitalista essa não é? Mas é apenas resultado da "lavagem cerebral" em massa que é feita e que contagia de certa forma a todos, afeta o senso comum.

A maior prova de amor que uma pessoa pode prestar a outra é simplesmente amar, mesmo que, e talvez principalmente, em silêncio, fazer com que o outro se sinta amado, sem adicionais materiais. Agrados como presentes e chocolates fazem parte, mas criar uma obrigação ou constrangimentos por conta disso é exagero.

Amar não exige mais do que um coração que bata, os olhos que se olhem, os lábios que se se toquem, sorrisos e frios na barriga. E aqueles casais que tem isso, não precisam provar nada um ao outro ou ao mundo, pois dessa forma o mundo já os vê como plenos. Sem esforço, sem artificialidade ou superficialidade. Estes casais não tem um dia no ano, eles tem todos os dias de todos os anos em que forem felizes juntos.

Feliz dia dos Namorados.

domingo, 10 de junho de 2012

A Bússola


Existe uma bússola pulsante que sempre nos indica com precisão aquilo que realmente queremos, o caminho que realmente queremos traçar.

E ela apenas dispara quando alguém se aproxima ou se vai, quando imaginamos determinado futuro. Seu pulsar nos desnorteia e nos faz focar apenas aquilo que queremos, esquecemos todo o resto. E acontece tão de repente, que muitas vezes até nos espanta as direções que essa bussola louca aponta.

Nem sempre a mente e a bussola concordam, o detalhe é que é possível convencer a mente de que a bussola esta correta, pois a mente, racional que é, tende a entender e calar seus anseios com o tempo. Já a bussola contrariada, jamais se cala, jamais entende que a mente pode estar certa, ela, irracional que é jamais entenderá os motivos da mente, e sempre tende a voltar a pulsar quando perto daquilo que queria, como uma criança que chora.

Imaginemos então a mente como um adulto que sabe o que é correto, e a tal bússola, como uma criança. É difícil escolher a quem agradar.

Na minha curta experiencia de vida, aprendi que é melhor uma dor de cabeça por alguns dias, do que uma eterna dor no coração.

sábado, 9 de junho de 2012

Vestígios do passado

Da flor, a pétala. Do doce, os farelos. Da brisa, o arrepio. Do estilhaço, o caco. Do susto, o descompassar do coração. Da janta, os pratos sujos. Das tardes de ensolaradas com os amigos, as fotografias. Da chuva, o cheiro de úmido. Das lágrimas, o timido sorriso no rosto inchado.

Todas as coisas que vem e vão, deixam algo pelo caminho, e que prevalece lá, pelo tempo que seja proporcional a magnitude do que se foi, há quem chame de saudade essa sensação ímpar que vem sorrateiramente e nos arrasta a lágrimas e risos inexplicáveis, quando reencontramos pelo caminho estes resquícios de passado.

Mas há quem junte estes resquícios do chão e os guarde em um lugar só seu, onde o mundo não pode entrar, e traga de sensações ja vividas quando o presente momento não é feliz, como um reconforto.

Há momento em que apenas não há escolha, estes pedaços de passado estão por ai, e as vezes representam a fração ainda não cicatrizada de um coração ainda não norteado que viaja a procura de qualquer coisa que encontrar, que vive em busca do que viver. E aparecem sem querer em nossos caminhos guiados pelo acaso a essas lembranças estranhas, e que veem como um soco, desnorteando-nos de novo.

E as vezes as pessoas apenas desanimam, sorriem espontaneamente, riem loucamente ou apenas deixam seus olhos fluirem. E ninguém que não entenda o valor daquele cheiro ou daquele trejeito de um estranho, daquele banco, daquela esquina, daquela gesto, daquela foto vai entender o porque dessa instantânea mudança...

Esta é a beleza destes resquícios, que trazem nosso passado ao presente vez ou outra, não permitem que esqueçamos o que foi bom, e que lembremos daquilo que por ter sido ruim nos fez crescer.

domingo, 3 de junho de 2012

Tropeços


Não gosto de ser corrigida, de ser mudada, me deixa ser desse jeito errado, é o que sou. Jamais vai ser sinera minha mudança, se ela for forçada, encomendada, influenciada. Para cada qualidade minha, tenhos dois defeitos, e se sucumbi-los, serei apenas um terço do que sou.

E ai? Qual vai ser a graça de viver em um mundo de pessoas que não são inteiramente o que são, por serem são meramente perfeitinhas? Que não se atrasam, que não se esquecem, que não metem o pé na jaca as vezes, que não explodem, que não exageram, que não fracassam? Qual é a graça da constante perfeição, se a graça da vida esta no triunfo após o fracasso? Costumo rir quando tropeço, assim como as pessoas a minha volta riem tambem, a graça esta no tropeço, e se caio, rio mais ainda quando me levantar, e é aí que mora a graça...
A Mudança voluntaria e espontanea, esta sim, é a proeza de poucos, mas que não vem com o vento, ela vem com o tempo, com a experiencia mas principalmente com a necessidade pessoal, não a exigida pelos outros ou como uma dadiva. Cada um é o que é e seja o que ou como for, não há motivos para que se crie polêmicas acerca disso se todos nós exercitarmos uma habilidade natural, que noss fez sobreviver em um ambiente ostil ao longo das eras e que se encontra esquecida: a adaptação.

Adaptar-se é a chave para os problemas de convivência.