quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Primeiro Dejá Vu

Sinto não pertencer a nada disso, coisas de lugares distantes, imagens, qualquer vestígio de algo que não pertença ao que me cerca, me parece atrativo, e quando degusto ares de outros tempos ou lugares me conforto no prazer de querer pertencer a isso, mesmo sabendo ser impossível.

Estou aprisionada, não sei exatamente por o que. Quando tenho as chaves das portas trancadas que me prendem, e apenas insisto em permanecer no meu martírio. Talvez minha alma esteja acorrentada aos segredos que anotei em bilhetes e espalhei por ai. Talvez não seja nada que alguns comprimidos e alguns dias de sono não curem.

Talvez depois que o sol me deixou, eu tenha entrado em uma alfândega maldita, entre o sonho e o real, onde ha a incerteza do sonho, algo ilusório e tênue, mas com a dor do real, algo intenso e indomável. Não sei a quanto tempo aqui estou, sei apenas que não posso sair, meus banhos constantes de lagrimas me fazem querer me afogar nestas, meus olhos perdidos no escuro me fazem sentir incorporada a ele que não permite a ninguém ver meus sorrisos.

De um segundo a outro, uma revolução. Corro durante muito tempo sem nada encontrar, como se o mundo tivesse se escurecido. Notei que meus olhos na verdade estavam abertos a procura de algo que não há na escuridão, quando fechei meus olhos o medo foi ofuscado, pela luz que não havia La fora, em qualquer lugar. Vaguei pelo escuro, tropeçando em meus próprios pés, sem perceber que estava no isolamento de meus pensamentos a luz que me fugia, o regenerar de uma alma que buscava longe as respostas que estavam dentro dela.

01/08/2011

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